domingo, 5 de setembro de 2010

A paz que eu quero em mim


De repente preciso de todo o silêncio que isso tudo puder me oferecer. Preciso sentar diante de um pôr do sol e deixar minhas lágrimas livres para juntarem-se as águas do mar. Preciso de todo o silêncio para estar diante de mim e ser honesta comigo quanto ao que sinto, não mais no meu coração, mas sim na alma que vive muito antes do meu corpo ser desenhado por Deus.

Talvez esteja chegando a hora de parar de fugir de mim, de negar o que quero. Talvez esteja chegando a hora de ser justa sem pensar no quanto vão me julgar. Afinal, quem está dentro de mim a não ser eu mesma? Quem pode dizer para onde seguir se somente eu sei no que eu acredito perante Deus? Mas o tempo não existe e é isso que me preocupa. Por que se ao menos ele fosse real minhas dores seriam curadas com o tal passar do tempo.

Eu posso vê-lo morrer no próprio ressentimento e se afogar no remoço que o consome. Deus sabe do duelo que há em mim, pois ao mesmo tempo em que fico satisfeita ao vê-lo sofrer sinto o desespero de não conseguir faze-lo olhar o outro caminho.
Não estou apostando na sorte, estou confiando no amor de Deus. Por que todos poderiam sangrar num duelo sem fim. E eu simplesmente quero a paz que sempre habitou no meu coração.

Ele não entende o que tento dizer e acha justo eu passar por cima de tanta ausência de respeito sem ao menos ter a dignidade de me pedir perdão. Ele não engole o orgulho e teme o que eu posso querer. Ele sabe que estrada está chegando ao fim. E talvez entenda que a história seria mais florida sem ela, pois nenhuma ferida seria tão profunda. Por que não sou eu a esquina que desvia essa história que poderia ser simplesmente correta.

Eu preciso de todo silêncio que isso tudo puder me oferecer. Preciso do vento que refresca minha mente e do sol que aquece minha alma tão cansada de lutar. Tenho que ser honesta com o que vivo dentro de mim. Por que esse ciclo está chegando ao fim.