sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pode ser


Pode ser que seja esse o momento. Pode ser que não! Mas se for já começou bonito. Uma noite de chuva e cavalheirismo, onde a gentileza me abraçou e me questionou se era errado dar-me seu carinho. Meu coração bateu forte como o vento que derruba árvores e senti minhas raízes sendo arrancadas do chão úmido abaixo dos meus pés quando meus lábios tocaram aquele sorriso que longe eu admirei.

As horas se tornaram segundo e eu desejei que fossem congelados pelo frio que dançava ao nosso redor. Aquele abraço me envolvia e eu rapidamente pensava em nada pensar. A chuva não esfriava meu corpo e meus olhos fechados faziam meu ser mais sensível às batidas do outro coração. Mas era hora de partir e a certeza do dia seguinte me deixou feliz. Aquela noite seria quase impossível de dormir.


Cheguei em casa e me joguei na cama como adolescente que precisava sonhar, não pensar e relembrar cada instante. Fechei meus olhos e reproduzi em mim as sensações do primeiro beijo através de cada lembrança viva. Assim eu simplesmente dormi sem me preocupar com o amanhã... Eu simplesmente tinha o agora. 


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