terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Testemunha de mim

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Falar de amor é tratar de momentos
Momentos são marcados por olhares
Olhares que me fazem ver o quanto há amor em mim

Ah santa lua, um dia a senhora viu o amor voltar.
E foi testemunha do inicio da eternidade
Sim, amada lua minha, seu brilho nos iluminava

Céu azul de estrelas únicas
Mar sereno, num canto das sereias
Olhos fechados e o grito preso de amor

Ah lua pura de encantos me enche
Foi testemunha da união dos anjos amantes
Que por um momento foram um, eternizando a paixão

Santa minha, sua estrelas suspiravam como eu
E junto ao amor entregava-me de corpo e alma
Num suave beijo apaixonado

Linda, sempre linda
O silêncio cantava a esperança
E eu agradecia a vida por existir

Santa lua minha, eu o amei ali por toda minha existência
E poderia partir em paz agora que o tenho
Porque meu coração se achou em mim

Não haviam palavras
Os gestos dançavam em meio às declarações
E o olho cheio de água fazia a alma adormecer em seus braços

Sim, amada lua minha
Ali foi o encontro de vidas, de séculos, de mundos.

E eu entendi enfim os caminhos do coração.

domingo, 4 de janeiro de 2009

A probreza tirou o seu sarro

Enquanto o policial que olhava apenas coçava o seu saco.

Domingo, 6 horas da manhã, um grupo de amigos saiam de uma festa de aniversário no hotel Ouro Verde em Copacabana (inspiração de tantas Bossas). A aniversáriante e mais dois amigos seguiam em direção a praia quando um pivete de bicicleta passa e pega a bolsa dela. A menina sem reação viu o pivete partir com sua bolsa vermelha de couro na bicicleta sem equilibrio. Ela pensou “cinquenta reais, um celular, documentos, cartões, bolo de chocolate, doces e metade de um Salvador Dali”. Ao final do pensamento ela disse bem baixinho:“Eu tenho vida pra recuperar isso. Ele, nessa vida, pode não ter nem mais uma hora pra disfrutar cinquenta miseros reais e um celular velho”. Foi em direção do policial que estava a menos de 20 metros do ocorrido. Dialogo:

Menina: Policial, eu fui roubada por um pivete agora.
Policial: Ué, vai na delegacia e faz um B.O.
Menina: Não policial, pega a viatura. Vamos atrás dele!
Policial: Não tenho viatura.
Amigo: Então passa um rádio pra alguém.
Policial: Esse rádio aqui não funciona não.
Menina: Me diz uma coisa, pra você serve?


Resposta ao povo: PARA NADA!


Foram para a delegacia fizeram a ocorrência e o policial na porta disse que a culpa da falta de segurança é do governo e do estado que não dão recurso e não pagam bem. A menina fixou os olhos no policial e o respondeu ousadamente “Você pode culpa a mãe joana se você quiser. Mas a real culpa dessa impunidade é sua que aceita isso. É uma questão de caracter, apenas isso.” Certissíma a mocinha e aí dele se tentasse a repreender, prova disso foi que ele ficou quietinho.
No mesmo dia a noite a mesma menina presencia a masculinidade armada de um policial marento contra o motorista de um transporte alternativo. Resumindo tudo, é muito fácil ser valente com uma arma na mão contra um trabalhador que apenas parou seu carro enfrente ao dele.
Isso é Brasil, país de povo parado. É a pobreza tirando o seu sarro enquanto a impunidade impera em seu estado.