
Domingo, 6 horas da manhã, um grupo de amigos saiam de uma festa de aniversário no hotel Ouro Verde em Copacabana (inspiração de tantas Bossas). A aniversáriante e mais dois amigos seguiam em direção a praia quando um pivete de bicicleta passa e pega a bolsa dela. A menina sem reação viu o pivete partir com sua bolsa vermelha de couro na bicicleta sem equilibrio. Ela pensou “cinquenta reais, um celular, documentos, cartões, bolo de chocolate, doces e metade de um Salvador Dali”. Ao final do pensamento ela disse bem baixinho:“Eu tenho vida pra recuperar isso. Ele, nessa vida, pode não ter nem mais uma hora pra disfrutar cinquenta miseros reais e um celular velho”. Foi em direção do policial que estava a menos de 20 metros do ocorrido. Dialogo:
Menina: Policial, eu fui roubada por um pivete agora.
Policial: Ué, vai na delegacia e faz um B.O.
Menina: Não policial, pega a viatura. Vamos atrás dele!
Policial: Não tenho viatura.
Amigo: Então passa um rádio pra alguém.
Policial: Esse rádio aqui não funciona não.
Menina: Me diz uma coisa, pra você serve?
Resposta ao povo: PARA NADA!
Foram para a delegacia fizeram a ocorrência e o policial na porta disse que a culpa da falta de segurança é do governo e do estado que não dão recurso e não pagam bem. A menina fixou os olhos no policial e o respondeu ousadamente “Você pode culpa a mãe joana se você quiser. Mas a real culpa dessa impunidade é sua que aceita isso. É uma questão de caracter, apenas isso.” Certissíma a mocinha e aí dele se tentasse a repreender, prova disso foi que ele ficou quietinho.
No mesmo dia a noite a mesma menina presencia a masculinidade armada de um policial marento contra o motorista de um transporte alternativo. Resumindo tudo, é muito fácil ser valente com uma arma na mão contra um trabalhador que apenas parou seu carro enfrente ao dele.
Isso é Brasil, país de povo parado. É a pobreza tirando o seu sarro enquanto a impunidade impera em seu estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário