quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Montanha de gelo


A montanha fria o aguarda com saudade. A solidão será o abraço tão esperado por ele. A musica que a fez chorar não irá tocar mais em seu coração. Hoje é dia do Adeus ou quem sabe de um até logo. Amanhã só Deus sabe, mas hoje ele vai partir naquele avião. Ela hoje acordou com um silêncio dentro de si. A inquietude no andar e a forma insegura no falar a deixa tonta. Embora ela esteja sorrindo seu olhar tem lágrimas escondidas. E na garganta o que há é o grito contido de “não se vá “. Mas ele quis assim e assim então será. Para ela agora a dança é uma forma de fazer a mente, o corpo e a alma ser um só e viajar num plano sem explicação. Ela fecha os olhos e deixa alma dançar dentro de um corpo que mexe. E para ele a solidão a trará de volta como a fogueira que nos aquece em tempos frios. Mas ela estará longe e agora até mais do que estava antes, pois agora a distância é de alma quando antes era só de corpo. Ele vai chorar ao ler o livro que torna ela tão vida dentro dele. Talvez agora aquela montanha seja mais fria, mais triste e mais só. Por que ninguém o fará sonhar como ela fez. Ele se arrependerá de ter se entregue ao medo de amar. E ela! Ela simplismente queria abrir os braços e voar alto ao lado dele, sem pensar no amanhã. E o sonho será só mais um sonho que se acaba quando se acorda. Algumas histórias continuam quando o narrador faz silêncio, mas essa acabou quando alguém fechou o livro, apagou a luz, fechou a porta e foi embora. Enquanto ela sentada na cama não conseguia mais tornar aquelas paalvras tão reais dentro de si.

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