“Mas uma vida jogada fora. Um coração que já não bate, descança em paz. Sonhos que vão embora antes da hora. Sonhos que ficam pra trás.”
Como pode a vida de alguém acabar num tiro, em uma impulsividade bruta do ódio misto com o medo? Será que se pode dizer que era a hora? Será que isso estava escrito? Quem deu o direito de alguém tirar a vida de alguém? Acho que falta amor no coração da maioria das pessoas. Culpa de quem? E será que é culpa mesmo de alguém?
Eu conhecia uma pessoa que me considerava sua amiga. Eu no início o achava chato e pegajoso. Isso foi pelos minutos de uma conversa, até ouvi sua triste história de tentativas de suiçidio. Então percebi que tudo que lhe faltava era amor fraterno. E amigos servem para isso. Quem foi que um dia definiu a palavra amigo? Então não me digam quem é o não do bem. Somos dois dentro de si e todos temos erros e acertos. Ele precisava de amigos e entramos na vida dele para isso.
Ele sabia dizer as pessoas sobre seus sentimentos e o quanto gostava delas. Dizia que agora ele tinha amigos e que isso o deixava feliz. Nos churrascos ele se sentia incluído, era engraçado e ao mesmo tempo muito bonita a forma de tentar me ajudar. Ele dizia que queria me ver feliz. Sempre conversavamos no posto em que ele trabalhava e ele sempre dizia que eu estava bonita. Uma das coisas que eu mais achava interessante era a forma de receber minhas broncas e agradecer, por que ele entendia que era somente por que o queria bem. Ele sabia ouvir uma crítica e é como se em uma balança seu erros e acertos estivessem sempre no mesmo nível.
Hoje no trabalho recebi uma notícia ruim. Soube que ele havia morrido. Ou melhor, que haviam matado ele em um assalto reagido. Eu chorei! E na verdade estou abalada com tudo isso! Por isso estou aqui escrevendo indignada. Até a onde a pobreza tem culpa nisso? De onde vem tanta violência? Ninguém mais sabe sobre o amor de Deus. Meu Deus, por que essas coisas acontecem assim? Mas não devemos buscar tantos por quês, se no fundo o que realmente funciona agora é a oração e o tempo que transforma a tristeza em suave saudade.
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